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Dia mundial em memória das vítimas do trânsito foi data “de alegria”, diz diretor de ONG

“Foi um grande desafio, mas corremos atrás”. Diretor da ONG Trânsito Amigo, Fernando Diniz passou dois meses montando a primeira edição do Dia Mundial em Memória às Vítimas do Trânsito em São Paulo – capital bem maior e mais complexa do que Rio de Janeiro, Curitiba e Florianópolis, que já sediaram o evento em outras ocasiões. Entre depoimentos de parentes de vítimas, shows de vários gêneros musicais (incluindo desde artistas sertanejos até a banda da Polícia Militar) e atos ecumênicos, o evento ocorreu no último dia 18, das 10h às 14h no Parque da Juventude, em São Paulo, atraindo cerca de 600 pessoas.

“É difícil precisar quantas pessoas estavam lá. Muita gente não sabia do evento e parou para assistir, e foi ficando”, conta Diniz, que montou a ONG em 2003, após a morte de seu filho Fabrício num acidente de carro na Avenida das Américas, Barra da Tijuca, Zona Oeste carioca. Para conscientizar os passantes e o público, além dos depoimentos e das músicas, houve muita distribuição de material educativo, destinado a crianças e adolescentes.

“Voltei com a sensação de dever cumprido. A ideia era que celebrássemos a vida. Não era para ser um dia triste. Valeu a pena todo o sacrifício – afinal, falar ali, em público, sobre a morte dos nossos filhos já foi um grande sacrifício”, lembra Diniz. Dos depoimentos feitos na data, ele diz ter ficado especialmente tocado com o da curitibana Christiane Yared, mãe de Gilmar, morto em acidente de trânsito causado pelo ex-deputado estadual pelo Paraná Fernando Ribas Carli Filho, em 2009. “Ainda assim, afirmei que a morte não é a maior perda da vida. A maior perda é o que morre dentro da gente quando estamos vivos, mas deixamos de ser solidários, de participar”.

A ONG Trânsito Amigo está numa relação complexa com sua cidade, tentando construir um memorial para as vítimas do trânsito, sem sucesso. “Mas há interesse que ele saia, ele deve sair”, lembra. No começo das negociações para o evento, Diniz fez reuniões com ONGs parceiras de São Paulo e com sindicatos ligados ao transporte. Ficou feliz com as adesões imediatas. “Eles aderiram por unanimidade. Entenderam que a questão da redução da carga horária do motorista é necessária para evitar acidentes”. Para 2013, o projeto é que esse evento, que acontece todos os anos no terceiro domingo do mês de novembro por determinação da ONU, seja comemorado simultaneamente em Brasília e em São Paulo. “Quero acompanhar os dois eventos. Vou a uma das capitais e quero pegar logo o avião para chegar na outra”, diz o criador da ONG.

Fonte: Trânsito Seguro

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